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Ray-Ban, anúncios e AI: os planos do Zuck para a Meta | Papo na Arena #80

Tá no ar o episódio #80 do seu podcast semanal onde trocamos ideia sobre conteúdos que a gente leu, ouviu ou assistiu, trazendo um olhar de produto pra discussão

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No episódio desta semana, apesar de sempre comentarmos trechos, descobrimos que nunca tínhamos feito uma pauta exclusiva para entrevistas do Zuck.

Então, fizemos algo inédito: dedicamos o programa inteiro à entrevista que o Mark Zuckerberg deu para o Ben Thompson (Stratechery).

Como o Zuckerberg vê o futuro da Meta com AI

Essa entrevista trouxe uma visão estratégica bem completa sobre como a Meta está estruturando suas apostas em AI. Da arquitetura dos modelos ao modelo de negócios. De plataforma a produto.

Abaixo, os principais destaques da nossa conversa no episódio.

As 4 grandes apostas da Meta com IA

Logo de cara, o Zuck lista o que, pra ele, são as quatro maiores oportunidades de AI para a empresa. E, diferente do que muita gente imagina, a ordem é importante:

  1. Anúncios: tudo começa aqui. A prioridade número um é transformar AI no agente de performance definitivo. Segundo ele, a Meta quer que o anunciante só precise dizer: “quero esse resultado, estou disposto a pagar isso” — e a AI cuida de segmentação, criativo, testes, tudo.

  2. Engajamento e recomendação: para os anúncios funcionarem, as pessoas precisam estar nos produtos. Melhorar feed, Reels, Stories e todos os motores de descoberta é prioridade.

  3. Business messaging: Zuckerberg acredita que todo negócio do mundo vai ter uma AI que vende e dá suporte. E a Meta quer ser a infraestrutura por trás disso — especialmente no WhatsApp, que já é dominante em muitos países (mas ainda não nos EUA).

  4. Produtos AI-first: por fim, apps como o Meta AI ou os óculos com assistente embarcado. Aqui, a lógica é “vamos testar e ver o que vira”.

Infraestrutura, API e priorização

Apesar de oferecer uma API pública com custo quase zero, o objetivo não é virar um “cloud provider” como a AWS ou Azure. É ser a referência do ecossistema open source. Simples assim.

E quando perguntado sobre por que não expandir isso agressivamente, Zuckerberg é direto: a alocação marginal de GPUs ainda vale mais quando usada para melhorar feeds e ads do que para inferência pública.


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Benchmarks ≠ valor real

Zuck também cutuca o hype em torno dos benchmarks como o LMSYS Arena. O Llama 4 não performou tão bem no ranking… mas ele diz que isso foi escolha. A Meta preferiu lançar o modelo sem otimizações específicas para benchmarks, justamente porque a prioridade é o uso em produto, e não ganhar prova de QI artificial.

Social, AI e o novo ciclo de descoberta

Outro parte muito legal foi a análise da mudança de comportamento nas redes sociais.

Hoje, segundo ele, o feed virou um motor de descoberta e a conversa real acontece nos grupos e DMs. A interação acontece depois do conteúdo, não dentro dele.

Ou seja: a AI da Meta precisa ser boa em descobrir o que mostrar — e também em ajudar você a compartilhar isso com seus grupos.

🤝 AI como amigo, coach, conselheiro

Um dado curioso citado por ele: o americano médio tem menos de 3 amigos, mas gostaria de ter 15. Isso, somado ao fato de que muita gente já está usando a Meta AI para treinar conversas difíceis, reforça a aposta da empresa em construir AIs personalizadas, que te conheçam profundamente e te ajudem no dia a dia.

👓 Óculos como o próximo iPhone?

Zuckerberg segue convicto: os Ray-Ban Meta Glasses são só o começo. Para ele, os óculos serão o dispositivo ideal para AI — porque conseguem ver o que você vê, ouvir o que você ouve e responder por voz. Mais do que um smartphone, eles se integram ao seu contexto.

E apesar do metaverso não ter decolado como o esperado, ele reforça: a visão de longo prazo segue de pé.

A empresa antifrágil

No fim das contas, o que mais impressiona é a consistência. A Meta segue testando, errando, aprendendo e apostando em ciclos longos — algo cada vez mais raro em tech. Como o Aíquis comentou no episódio: ela é, talvez, a big tech mais antifrágil da atualidade. E isso só é possível porque ainda é uma empresa de dono.

00:00 - Introdução ao Papo na Arena

03:36 - Entrevista de Mark Zuckerberg no Stratechery

05:44 - As 4 oportunidades de AI

10:24 - Oportunidades de AI e Publicidade

18:43 - Engenharia de Descoberta nas Redes Sociais

21:56 - A Revolução da Inteligência Artificial na Comunicação 30:11 - A Conexão Humana e a Inteligência Artificial

28:22 - O Futuro dos Óculos Inteligentes

33:55 - Produtos da Semana

🧪 Produtos da Semana

O meu destaque foi o recurso de AI do Elementor, que agora te ajuda a montar blocos de site por comando de texto. É a IA invisível no seu CMS.

Já o Aíquis trouxe o Cursor, um IDE com AI embutida. Ele usou para criar uma extensão do Chrome em minutos. Vale testar.


Produtos que os ouvintes recomendaram:

  • Perplexity (por Izabela)

  • Songster (por Brian)

  • Claire Obscure: Expedition 33 (por André)

  • Any I Go (por Matt)

  • Brilliant (por Lucas)

  • Desproduto da Semana: LinkedIn Disney (por Cloves)


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Até semana que vem! A gente se vê na Arena!

— Arthur