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Olarrr,
Primeira vez gravando ao vivo, primeiro episódio dentro de um evento — e não qualquer evento, O evento: Web Summit Rio, um dos maiores eventos de tecnologia do MUNDO!
trouxemos nossas impressões, aprendizados e, claro, aquele papo reto sobre o que rolou de mais interessante nas keynotes, nas palestras e até nos bastidores do evento.
🎪 O Evento
O Web Summit Rio está na sua 3ª edição, confirmado no Brasil até 2030, e é uma das maiores conferências de tecnologia do mundo. Alguns dados para você ver o tamanho:
35 mil pessoas de 102 países
~1.500 startups
~170 patrocinadores
1.000 veículos de mídia cobrindo o evento, INCLUSIVE, nós! (Tamo chique né? “veículos de mídia”).
O evento tomou conta de TODOS os pavilhões do RioCentro, o que já dá uma noção do tamanho do negócio.
E a primeira coisa é: você acha que vai conseguir ver tudo, esquece. É tipo o Rock in Rio de tecnologia. Conversando com várias participantes, é importante ter “uma estratégia”:
escolher bem quais palcos, quais temas e até aceitar que você vai perder coisa boa no meio do caminho.
🚦Panorama Geral
Não é um evento pra quem busca profundidade nas palestras. As talks são rápidas, em geral 20 minutos, mais pra gerar reflexões e abrir tópicos do que pra aprofundar.
O grande valor está nas conexões, no networking, nas conversas de corredor e nos estandes.
Dica: se você vier nos próximos anos, fique perto da Barra, porque o deslocamento é perrengue real.
O app oficial do evento foi um dos melhores que já usamos em conferência. Simples, funcional, resolve.
🔥 Nossas Palestras Favoritas
🏎️ Senna Brands — O Legado do Ayrton Senna
Na palestra “Senna XR: how creative tech contribuited to the legacy of a sporting icon" A CMO da Senna Brands, Ana Simões comentou sobre o desafio de manter viva a essência e a história do Senna para gerações que nunca o viram correr. Como explorar as novas tecnologias e mídias para isso?
É incrível como uma marca como a do Senna, não vende produtos nem serviços. Ela vende um legado. E que legado, né?
E que mesmo assim é uma marca que diversas empresas querem se associar. E o critério para aceitar parcerias?
“Se for difícil, bora. É isso que o Senna faria.”
Uma palavra que me marcou muito foi “imortalidade digital”. Com AI e todas evoluções que estão acontecendo. Isso passa a ser uma coisa bem possível, né?
⚽ Algoritmo da Paixão: A estratégia de AI que gerou milhões para o Atlético Mineiro
Começaram reforçando o que já falamos:“Tem que acabar o dashboard!”
Tinham mais de 1.000 dashboards, e pouquíssimos usados.
(se fosse uma planilha, não tinha esse problema né? rs)
A ordem das perguntas não começa com “Qual modelo vamos usar?” o foco deve ser em:
Quais dores queremos resolver?
Quais perguntas queremos responder?
No final, AI (ainda) é meio, tá no espaço de solução, não do problema.
E convenhamos, tem hora que o que você precisa é só ajustar uma regra de negócios no código, um if. Não precisa do modelo de AI fancy do momento.
Importante reforçar que não vai dar para resolver todos os problemas. Comunicar quais problemas serão atacados e quais não. Apesar de simples, às vezes esquecemos de combinar o jogo.
Dado curioso:
Quando o Hulk é desfalque de algum jogo, cerca de 0,5% dos sócio torcedores que tinham comprado o ingresso não vão para o jogo.
🎥 Fábio Porchat + YouTube — Creators são as novas startups?
Na palestra “Welcome to the future of cross-platform storytelling”, Fabio Porchat e a diretora LATAM do Youtube, Patrícia Muratori, bateram um papo com mediação do Givanildo Menezes da CNN.
Highlights:
Creators não são mais “criadores”. São startups.
Cada inscrito é visto como cliente, e o canal é um negócio.
O YouTube virou a casa dos podcasts — quem diria, né?
“O YouTube é o lugar onde você pode errar.”
Errou hoje? Semana que vem tem vídeo novo.
Uma das coisas que a Patrícia falou que me marcou foi:
a plataforma nem sempre vai prever os próximos movimentos, mas, ela tem que estar preparada para se adaptar. E o próprio Youtube é exemplo disso, começou com vídeos curtos, hoje em dia é super assistindo nas TVs, mas também teve um grande incremento de acesso graças a adaptação para os shorts.
Porchat também comentou sobre estratégia de formato e conteúdo: hoje em dia, os roteiros do Porta dos Fundos são pensando desde vídeos pequenos, aos sketchs e até versões maiores.
E assim como já comentamos em outras ocasiões, a Patrícia trouxe uma provocação bem interessante quando o assunto foi AI:
Muita gente tá falando sobre AI substituir, AI avatares e etc, mas na real o melhor uso de AI nesse contexto é tirar a parte “burocrática”, para tirar da frente o que é processo e ter mais tempo pra parte criativa.
Curiosidade:
Sabia que o primeiro vídeo do Youtube tinha 19 segundos?
🛹 Bob Burnquist — Quedas, Lesões e Disrupção
O skatista falou menos sobre skate e mais sobre resiliência.
Quebrou ossos mais de 50 vezes na vida. E transformou dor em inovação: criou uma startup para financiar projetos ligados a medicina alternativa e tratamentos naturais, usando Web3 e cripto.
Uma aula sobre como dores pessoais podem gerar impacto coletivo.
🌐 Wikipedia, LLMs e Dados — O Alicerce da IA
O Luis Bitencourt, CPO da Loft e board member da Wikipedia, trouxe vários dados interessantes na palestra: “From Threads to Edits, how community-generated data fueled the AI Revolution”
Você sabia que grande parte dos modelos de AI são treinados com dados da Wikipedia? Normalmente para treinar os “conhecimentos básicos” do mundo.
Além do Wikipedia, o Reddit também é outra fonte bem utilizada. Mas como lá pode ter muita informação de zoeira, a maneira que a OpenAI encontrou para aproveitar os dados lá foi:
só dados com mais de 3 upvotes entrariam no treinamento.
Reflexões Finais
O evento vale muito pela troca, pela oxigenação de ideias, mais do que pelo conteúdo das palestras em si.
Algumas talks eram, na prática, pitch de vendas disfarçados, então vale fazer uma curadoria.
O networking é absolutamente natural — tá todo mundo disposto a trocar ideia, conhecer, aprender.
Nosso Veredito
Se você vem esperando um MBA em 3 dias, não é no Web Summit. Mas se vem querendo sair com a cabeça fervendo de ideias, provocações e boas conexões — é pra isso que o Web Summit serve.
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