Product Hero #40 — Karoline Morone
"Por mais que você faça cursos e entenda a teoria, a prática é muito mais porrada"
E ai! Esse é mais um post da Brilliant Basics, a sua newsletter sobre tópicos de produto sem filtros. Toda semana tem conteúdo novo para fomentar as mentes pensantes a criarem produtos melhores
"Por mais que você faça cursos e entenda a teoria, a prática é muito mais porrada"
Olar!
Sou o Arthur Castro e trouxe mais uma entrevista marota com Product Heroes, a série da Product Arena onde entrevistamos verdadeiros heróis e heroínas que ajudam a criar produtos incríveis no Brasil e no mundo!
Se você quer ler as mais de 40 entrevistas de Product Heroes é só clicar aqui.
Tá na hora de apresentar mais uma Hero. Com vocês…
Karoline Morone
Karol é paulista, engenheira de formação e viciada em esportes, viagens e fotografia.
Começou a carreira como engenheira de uma empresa petrolífera, descobriu que não era o tipo de ambiente que curtia e acabou pulando pra tecnologia pela vontade de conhecer mais sobre o mundo de startups.
E foi como QA no QuintoAndar que ela começou a migrar pro mundo de produto. De lá pra cá, participou de produtos como a primeira versão do Stone Mais (que hoje em dia é o Ton), construção do SumUp Bank, ajudou a criar o primeiro seguro intermitente do Brasil na 180º Insurance e atualmente é CPO na Hyperlocal.
1. Como você virou Product Manager?
Eu virei PM “sem querer”. Eu trabalhava no QuintoAndar na área financeira e com a reorganização da empresa, tive a oportunidade de migrar para Tecnologia. Fiz o processo interno e acabei virando QA. Por estar muito próxima do Tech Lead e da PM da época, percebi que eu gostava de acompanhar a Gabi (Gabriela de Lima, hoje é a diretora de Produtos do QuintoAndar) nos processos e principalmente na documentação de tudo.
Pedi ajuda para entender um pouco mais sobre qual era a finalidade do trabalho e, por ter uma veia forte com gestão de processos, acabei me identificando muito. Fiz alguns cursos para me aprofundar na teoria o que já sabia na prática, o mundo de Produto não era tão “glamuroso” na época. Logo depois disso, me arrisquei e meti as caras pelo mundo de Produto e desde então, não saí! A presença da Gabi foi fundamental! Tê-la como referência sempre foi muito importante. Vejo outros profissionais com muita admiração, mas sendo mulher, essa representatividade é essencial.
2. Como você explica seu trabalho para pessoas normais (como avós, amigos…)
Essa é a pergunta que eu faço pra todos os meus amigos produteiros e pros novinhos também e, até agora, ninguém descobriu a resposta mágica.
Costumo falar que eu “faço aplicativos”, que sou “a cola entre tudo na empresa” e “transformo problemões em probleminhas”. E para os próximos, eu digo que sou só uma f*dida mesmo. Meus pais, por exemplo, falam que eu sou a pessoa que “manda nos filhos desenvolvedores”.
3. Gerenciamento de Produto em um tweet:
Criamos pontes quase indestrutíveis entre aquilo que é viável e aquilo que é desejável. Nosso trabalho é unir times e garantir uma comunicação efetiva.
4. Qual é sua rotina como Product Manager?
Minha rotina é bem voltada à reuniões. Sempre vejo minha agenda no dia anterior para me preparar para o que vem pela frente.
Sempre me comunico com meu time durante o dia, participo das reuniões de alinhamento e estratégicas com todas as áreas da empresa. Faço acompanhamento dos times com seus respectivos líderes de produto, para oferecer ajuda e tirar quaisquer barreiras que temos pela frente. Eu acredito muito em “radical transparency”, então a comunicação é fundamental para o bom andamento de toda e qualquer atividade. Sync com todos os produteiros, reunião com as tribos e assim por diante.
Além disso, por ser a fanática das métricas, acompanho de perto como estamos em relação aos números.
Já ouviu nosso podcast? 🎧
Semanalmente eu e o Aíquis Rodrigues (Product Manager na Z1 e criador da newsletter O que eu ví por ai) discutimos sobre as notícias da semana que chamaram nossa atenção, sempre trazendo um olhar de produto para a discussão.
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5. Qual o momento do produto que você gerencia?
Hoje eu olho para produtos de 4 verticais diferentes, cada vertical possui um ou mais produtos. Cada um em sua fase. Temos desde MVPs até Abacaxis precisando de um “extended life process”.
Como a empresa que eu trabalho hoje não tinha um background grande em produto, tem sido um desafio interessante, pensando em inovação em pequenas coisas mas fazendo o bom e velho “arroz com feijão bem feito”.
6. Onde você busca inspiração? (links, blogs, podcasts…)
Eu busco inspiração em absolutamente tudo ao meu redor, desde tarefas domésticas até pessoas que fazem parte do meu dia a dia: o porteiro do prédio, o amigo atrapalhado, no barista do café, da senhorinha na banca de jornal, do vendedor da feira. Busco inspiração nas séries absurdas que vejo, na escalada, no mar durante o surf.
Por ter uma personalidade extremamente expansiva, tenho uma facilidade gigante em me meter em quase todo canto e falar até com o cachorro do parquinho!
7. Qual seu tipo de Product Manager?
“Generalzão do bem”, esse é o apelido carinhoso que praticamente todos os meus times da vida me deram. Eu sou muito prática em tudo o que faço, não sou do tipo de pessoa que gosta de reinventar a roda e no cenário das empresas onde eu passei, a “viajada na maionese” dificultou muito o crescimento. Então, eu sempre deixei o norte explícito para todos o time e mantinha a “ordem” na casa. Não gosto de gente prolixa, então isso me ajuda muito a não ter rodeios, nem nas decisões, nem nos processos.
Quando falo sobre “General do bem”, implica bastante em construir as coisas de forma conjunta. Sempre priorizo Bottom Up mas, às vezes, é inevitável ser Top Down.
8. Qual foi sua maior falha? E o que vc aprendeu com ela?
Existe um fantasma que me persegue até hoje que é o da comunicação:
Por ter uma personalidade expansiva e ser muito bocuda, tenho comigo os prós e o contras desse comportamento.
Durante muito tempo fui “insolente”, achava que tinha razão em vários tópicos, mas não sabia demonstrar por A+B o porquê das decisões. Além disso, chega um ponto da sua carreira onde você precisa lidar com alguns “sapos” que virão da melhor maneira possível e, às vezes, acatar uma decisão é decisivo para o bom andamento do trabalho.
Eu aprendi a me expressar melhor, em saber dialogar com meu público […]
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