Product Hero #34 — Jéssica Seixas

"Gerenciar um produto é construir algo que os clientes amam e ainda assim faz sentido para o negócio"

"Gerenciar um produto é construir algo que os clientes amam e ainda assim faz sentido para o negócio"

Ada Lovelace, primeira programadora do mundo.

Olar!

Chegamos com mais uma entrevista pro Product Heroes, a série do Product Arena onde entrevistamos verdadeiros heróis e heroínas que ajudam a criar produtos incríveis no Brasil e no mundo!

Se você quer conhecer as +40 entrevistas com Product Heroes é só clicar aqui.

Tá na hora de apresentar mais uma Hero. Com vocês…

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JÉSSICA SEIXAS

Jéssica é carioca, já quis ser cientista e atualmente é Group Product Manager no Banco Pan. Formada em publicidade, fez MBA em gestão da Tecnologia da Informação e mora em São Paulo há 3 anos.

Começou a carreira em Produto na Gazeus Games, onde ajudou na criação de mais de 20 jogos. Depois passou por empresas como Concrete Solutions, PagSeguro, SumUp, participando da criação de contas globais em dólar, apps de cartão de crédito, plataforma de parceiros e muito mais.

1. Como você virou um Product Manager?

Quando eu tinha 15 anos, eu decidi que seria cientista. E aos 17 anos, ingressei em Ciências Biológicas e logo percebi que eu gostava mais de gerenciar e organizar os eventos da faculdade do que a rotina de laboratório. Foi aí que decidi mudar para Comunicação Social — Publicidade, e logo no primeiro período eu entrei num estágio de produto. Eu buscava algo que me conectava de alguma forma com a ciência e também com assuntos que me interessavam.

Óbvio que eu não sabia a fundo do que se tratava, mas achei interessante porque era para ajudar a construir aplicativos de jogos, no qual eu sempre fui muito usuária. Durante o período do estágio, entendi melhor do que se tratava e junto com a empresa, passei por transformações ágeis e então, me tornei Product Owner (após um tempo como analista de produto júnior). Ao passar dos anos e com experiências distintas, naturalmente me tornei Product Manager.

2. Como você explica seu trabalho para pessoas normais (como avós, amigos…)

Normalmente eu falo que trabalho organizando a criação de aplicativos e sites. E aí, se eu tiver um tempo a mais, eu explico que na criação de apps e sites, precisamos estudar o que pode entrar de novo, acompanhar os resultados, entender como está sendo o uso, etc…

3. Se tivesse que explicar o que é gerenciamento em um tweet, como explicaria?

Gerenciar um produto é construir algo que os clientes amam e ainda assim faz sentido para o negócio.

4. Qual é sua rotina diária como Product Manager?

Começo meu dia no final do dia anterior, olhando a minha agenda do dia seguinte, organizando os convites de reuniões e planejando o que preciso resolver. Isso inclui atualizar meu kanban e anotar coisas importantes que não posso esquecer (para de certa forma, me desconectar das mil coisas do dia a dia).

E começo meu dia olhando o que planejei no dia anterior. Dou uma olhada em algumas métricas importantes dos produtos e do negócio, converso com bastante gente, principalmente stakeholders, faço 1:1 com PMs para ajudar a direcionar os produtos e carreira, estudo o mercado, leio sobre regras bancárias e sistema financeiro no geral, participo de reuniões mais estratégicas, ajudo a resolver impedimentos para os times, etc…

E claro, uma fração do meu tempo é direcionada a enviar memes e rir de coisas banais com meus colegas de trabalho (isso inclui liderados, pares e líderes). Não dá pra não levar as coisas de forma leve e descontraída.

Já ouviu nosso podcast? 🎧

Semanalmente eu e o Aíquis Rodrigues (Product Manager na Z1 e criador da newsletter O que eu ví por ai) discutimos sobre as notícias da semana que chamaram nossa atenção, sempre trazendo um olhar de produto para a discussão.

Dê o play na sua plataforma predileta:

Spotify | Apple Podcasts | Outros

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5. Qual o momento do produto que você gerencia?

Estamos vivendo uma fase bem legal aqui no Banco Pan, com um crescimento exponencial de clientes, produtos e serviços. Quase todos os produtos que lidero estão em uma fase inicial, no processo de definições iniciais, descobertas e desenvolvimento.

6. Onde você busca inspiração? (links, blogs, podcasts…)

Ultimamente 50% da minha leitura tem sido através de newsletters. Sigo algumas pessoas importantes e é uma maneira fácil e simples de me manter atualizada. E a outra metade é lendo livros. De vez em quando escuto uns podcasts e assisto vídeos no youtube (principalmente do Mind the Product e Product Tank). Seguem minhas dicas:

• Newsletters/Medium must-read:

Product Management:

• PMHQ (ótimas indicações de artigos de produto)

• Tim Herbig (ênfase em Product Strategy, OKRs e Impact Mapping)

• John Cutler from The Beautiful Mess (cross-functional product development — tem de tudo, bem aprofundado)

• Mulheres de produto (Product Management — conteúdo brasileiro)

• Brilliant Basics, da Product Arena (Product Management — conteúdo brasileiro)

• Produx Lab (Melissa Perri) (Product Management, ênfase em estratégia)

Business, tecnologia, mercado e afins:

• First Round Review (Startups e afins)

• The BRIEF (Temas de tecnologia do momento em português)

• Benedict’s Newsletter (Startup, mercado tech e afins)

• Canal Meio (Temas políticos brasileiros)

• Dica extra: Não é newsletter, mas eu curto muito as respostas da caixinha de perguntas no instagram da Cristina Junqueira, CEO do Nubank (@junqueira.cristina)

Podcasts:

• Mulheres de Produto (já falei sobre Discovery lá!)

• Hipsters Ponto Tech (já falei lá também =D)

• Papo na Arena

• Dare to lead with Brené Brown

• Product Thinking / Melissa Perri

• The Product Podcast / Product School

7. Qual seu tipo de Product Manager?

Sou generalista e comunicativa. Gosto muito de aprender sobre qualquer tema. E também bastante energética, que já chega fazendo amizades, marcando happy hour (quando dava) e criando laços importantes. Me sentir conectada às pessoas é fundamental para mim.

8. Qual foi sua maior falha? E o que você aprendeu com ela?

Poderia citar falhas nos produtos (entregar produtos sem valor, por exemplo). Mas na verdade, acho que a minha maior falha foi ser impulsiva e não me comunicar empaticamente em alguns momentos da minha carreira. Aprendi e aprendo diariamente a sempre entender o lado do outro […]