Product Hero #27: Rafael Louzada
"Para se aperfeiçoar como Product Manager você precisa saber no que você não é bom".
E ai! Esse é mais um post da Brilliant Basics, a sua newsletter sobre tópicos de produto sem filtros. Toda semana tem conteúdo novo para fomentar as mentes pensantes a criarem produtos melhores
"Para se aperfeiçoar como Product Manager você precisa saber no que você não é bom".
Olar! Voltamos com mais uma entrevista pro Product Heroes, a série do Product Arena onde entrevistamos verdadeiros heróis e heroínas que ajudam a criar produtos incríveis no Brasil e no mundo!
Se você quer conhecer e ler +40 entrevistas com Product Heroes é só clicar aqui!
Tá na hora de apresentar mais um Hero. Com vocês…
Rafael Louzada!
Conheci o Rafa em uma das primeiras edições do Product Arena. Ele foi mais um dos loucos a dar um voto de confiança quando o Arena tava começando. Engajado, calmo (MUITO) e certeiro, começou a sempre tá dando um help pra gente nos eventos, cursos e quando vimos, não dava mais pra ficar sem ele com a gente.
Rafa é jornalista, e já foi até editor do Lancenet! antes de migrar pra produto. Trabalhou no site do Globo, e participou da criação da primeira publicação brasileira exclusiva para iPad (O Globo A Mais).
Formado pela UERJ, tem duas pós na área de marketing e gestão e além disso fez um curso de Inovação, Criatividade e Novos Negócios na Fundação CUOA, na Itália. Passou por empresas como Editora Globo, Affero Lab e atualmente, além de ser Gerente de Produtos de Dados na M4U é um dos facilitadores do curso de Product discovery do Product Arena.
1. Como você virou um Product Manager?
Então… eu era editor de um site. Revisava textos, coordenava os repórteres. Mas me preocupava muito em fazer um produto melhor, tanto do ponto de vista de conteúdo quanto de usabilidade. Curtia a interação com os UXers e desenvolvedores. Fazia alinhamentos com a redação, comercial e diretoria. Ficava de olho nas métricas e resultados do site. E me preocupava com os feedbacks dos usuários. Tipo… eu era um editor que fazia produto, só não sabia ainda que existia um outro nome para isso. Quando criaram efetivamente uma área de produto no LANCE!, foi natural que eu fosse pra ela.
2. Como você explica seu trabalho para pessoas normais (como avós, amigos…)
Eu procuro usar exemplos. Cito um aplicativo de banco qualquer e explico que antes de criar esse produto, alguém precisa entender o que as pessoas querem, o que o mercado está fazendo, etc. E depois que esse produto existe, ele precisa continuar evoluindo. Então, alguém vai olhar o que as pessoas usam no produto, como usam, para propor melhorias. E aí, explico que eu faço e/ou atuo junto com quem faz essas etapas. Ou eu simplesmente digo que faço sites e aplicativos e encurto a história.
3. Qual é sua rotina como Product Manager?
Hoje, eu acumulo duas funções: Gerente da Tribo de Produtos de Dados e Product Manager da equipe de BI, que consome a maior parte do meu tempo. Nesse time, a gente considera os dados e relatórios geridos pela equipe de BI como um produto, que atende a todas as áreas da empresa. Dessa maneira, nós cuidamos de relatórios chancelados e estratégicos e os próprios times se aprofundam em necessidades específicas.
Dito isso, eu dividiria a minha rotina entre esses temas:
Entender as necessidades dos nossos usuários, que nesse caso são todos internos. Então, converso com quem usa os relatórios para puxar o que eles querem resolver e como a gente poderia melhorar, além de olhar os nossos indicadores;
Alinhar os próximos passos com as demais áreas.
Gestão de pessoas, vendo como posso ajudar as equipes.
4. Qual o momento do produto que você gerencia?
O nosso momento é de estruturação. Estamos montando os pilares para que o restante da empresa possa ter acesso aos dados com a maior autonomia possível. Antes da minha chegada já houve um avanço gigantesco nessa direção. Agora, é a hora de encontrar os pontos em que podemos evoluir nesse sentido.
5. Onde você busca inspiração? (links, blogs, podcasts…)
Opa. Tem aqueles livros clássicos de produto (Inspired, Lean Analytics, etc), mas um que eu não conhecia, ganhei de presente e curti bastante foi o “Um novo jeito de trabalhar”, do Laszlo Bock. No mais, além do mobilinks e do Product Heroes (jabá cofcof…) acho difícil apontar uma fonte específica. Normalmente, eu escolho um tema, encontro um artigo interessante, que vai linkando pra outro e outro…
Mas fugindo um pouco de produto, entre os Podcasts, eu gosto bastante do Cinemático e Mamilos, da B9.
Já ouviu nosso podcast? 🎧
Semanalmente eu e o Aíquis Rodrigues (Product Manager na Z1 e criador da newsletter O que eu ví por ai) discutimos sobre as notícias da semana que chamaram nossa atenção, sempre trazendo um olhar de produto para a discussão.
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6. Qual seu tipo de Product Manager?
O meu foco maior sempre foi de colocar as pessoas no mesmo barco. Explicar o que estamos fazendo, entender o que querem fazer, explicar porque vamos implementar A e não B. É um trabalho difícil, muitos “não” rolam pelo caminho. Então, é importante trazer o maior número de pessoas para junto.
Quando olho para dentro do time, gosto de incentivar sempre a autonomia. Fazer o time perceber que tem voz. Pode parecer contraditório, mas quando o time contesta um caminho que você sugere pode ser muito legal. Quando isso acontece de maneira madura, propositiva, todo mundo ganha.
7. Qual foi sua maior falha? E o que vc aprendeu com ela?
Falta de empatia com outras áreas. No início, era difícil entender que todo mundo tem a sua própria agenda e muitas vezes, as dores podem ser atenuadas dando visibilidade do que está sendo feito. Não dá pra levar a relação entre áreas dentro de uma empresa com maniqueísmo. Todo mundo perde e se estressa quando isso acontece.
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