Como criei? #01 - eHeadset
"Muitas vezes só de fazer o feijão com arroz bem feito já significa entregar algo diferenciado no mercado"
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Você já parou para se perguntar coisas como:
“Como a empresa X começou?”
“De onde veio a ideia?”
“Como foram os primeiros usuários”
Pois é. Depois de trocar ideia com muitas pessoas que tinham perguntas parecidas, vamos começar mais essa série:
Como criei? 🤔
E pra começar, a primeira é a eHeadset,empresa que busca ensinar inglês de uma forma diferente, usando como base os métodos ágeis e focada no público de tecnologia. Desde 2020 eles tem ajudando mais de 500 brasileiros em 10 países diferentes a perderem o medo de falar inglês!
A cada 45 dias você tem uma com uma pessoa que fala inglês e zero de português e depois você tem um review desse papo com a teacher sobre o que tá bom e o que pode melhorar.
Quem criou a eHeadset foi a Giovanna Claro, que é fascinada por outras culturas. Inclusive, já morou em 3 países:
Aos 16 anos, nos Estados Unidos, onde se apaixonou pelo inglês;
Aos 21 anos, se desafiou e foi morar na China para aprender Mandarim e viver algo diferente.
Depois, foi para Singapura, onde trabalhou em diversas multinacionais pelo mundo como PM (GE, KraftHeinz, Yara…) depois de se formar em Administração de Empresas e se especializar com um Mestrado em Inovação.
Há 3 anos, decidiu largar o mundo corporativo para realizar o sonho de empreender e ajudar mais adultos a atingir seus sonhos por meio do inglês, foi quando criou a eHeadset.
Como surgiu a ideia?
Veio em 2019, pouco antes da pandemia, quando decidi aproveitar que estava trabalhando em Singapura para ingressar em um Mestrado em Inovação fora do Brasil e dar um pontapé no grande sonho de um dia ter a minha própria empresa.
Como sempre fui uma pessoa inquieta, que gosta de colocar as teorias em prática, aproveitei aquela oportunidade para aplicar toda teoria que estava aprendendo no Mestrado e que havia aprendido na prática nos mais de 10 anos de experiência trabalhando para grandes multinacionais para inovar e endereçar algo que me incomodava há muitos anos:
Por que tantos adultos que vão morar fora sentem MEDO de falar inglês, mesmo depois de vários anos de aulas de inglês no Brasil?
Toda inovação começa com um inconformismo ou uma paixão. No meu caso foi a junção dos dois.
Estava inconformada com o ensino das escolas de inglês tradicionais, e a quantidade de pessoas que, mesmo depois de estudar vários anos de inglês, me procuravam pedindo dicas de como enfrentar o medo de falar inglês na vida real. Já minha paixão vinha de ajudar as pessoas a superar esse medo do inglês e ajudá-las a vivenciar novas culturas e perspectivas por meio do inglês.
A partir disso, aplicando teorias inovadoras do mundo da tecnologia e me inspirando nos métodos ágeis de desenvolvimento de software, o método de uma escola de inglês inovadora foi criado: aí nasceu a eHeadset. Com aulas online de 45 minutos que cabem na rotina de qualquer adulto, e que vão além dos livros, com provas da vida real com nativos a cada 45 dias ajudando a enfrentar o medo por meio do reforço positivo, algo nunca antes testado nas escolas tradicionais.
Como você colocou no ar? (ferramentas que usou, o que colocou no ar e etc)
Acho que o erro que muita gente faz ao começar um negócio é selecionar a tecnologia ou a ferramenta antes de ouvir o usuário, e, se para endereçar aquela dor, é preciso mesmo endereçar o problema com tecnologia. No meu caso, acabei usando mais métodos do que tecnologia em si para criar e inovar no meu produto.
Comecei pelo discovery, com entrevistas qualitativas individuais, o que foi chave para começar um produto bem focado no usuário. Resolvi ouvir as dores do potencial usuário antes de criar qualquer solução. E foi através de um processo de discovery bem estruturado que identifiquei as principais dores de um adulto que precisa aprender inglês.
O grande pulo do gato foi convidar estes usuários a continuar o processo de criação da escola junto comigo, me ajudando a selecionar o primeiro professor, a avaliar se o método era algo que os ajudaria, e por fim, oferecendo o serviço no final. Foi assim que consegui meu primeiro usuário. E inclusive fiquei tão feliz que dei uma cambalhota para comemorar!
Já o processo de crescimento e manutenção do produto foi realmente a aplicação dos métodos ágeis na veia, e principalmente 2 grandes princípios que me fizeram crescer neste início:
Colaboração com cliente: onde envolvemos os primeiros clientes em todas as decisões que fazíamos sobre o produto nos primeiros 6 meses de operação.
Responder a mudanças: pois precisamos ajustar muito o que era a ideia inicial para o que era viável operacionalizar.
Com um bom discovery e aprendendo rápido, conseguimos criar um MVP que cresceu somente no boca a boca nos primeiros 6 meses, com 30 clientes.
Falando em ferramentas…
Semana que vem, dia 27/09 (quarta-feira) vai rolar Papo na Arena aqui em São Paulo. Já garantiu seu ingresso? Além do papo, teremos 100 litros de chopp pro Happy Hour! Leitor da Brilliant Basics tem R$15,00 de desconto no ingresso.
E como foi a experiência do primeiro usuário? O que deu bom e o que deu ruim?
A primeira usuária veio do Discovery, e ela gostou tanto da ideia que, mesmo sabendo que era teste, resolveu pagar por nosso serviço, e foi uma alegria que só validou o produto ao saber que havia uma pessoa disposta a pagar pela inovação. Mal sabíamos que viriam 500 mais…
Isso nos deu gás para continuar e expandir nossos serviços.
Sobre dar ruim, a teoria inicial de colocar todos os alunos para falar com nativo a cada 45 dias precisou de complementada com uma aula especial de preparação, pois a aluna cancelou a aula com o nativo por medo algumas vezes. E foi só no terceiro usuário cancelando a aula que entendemos que aquilo era um padrão, e o produto precisava ser incrementado para ter sucesso, e foi quando adicionamos uma aula de preparação que é mais como se fosse uma terapia que dá confiança para os alunos. Isso diminui muito nossa taxa de cancelamento.
Sabe aquele mal que vem pra bem? No fim, foi bom para melhorarmos nosso produto.
Quer testar na prática e ficar com um inglês redondo? Então agenda uma aula experimental gratuita e individual. É 0800 e você pode conhecer esse jeito diferente e ágil de aprender inglês
Nesse tempo no ar, o que você mais se orgulha da eHeadset?
O mais legal foi ouvir de uma das primeiras usuárias a transformação que geramos na vida daquela pessoa, quando ela nos contou:
"Eu saí da aula e fui correndo ligar para minha mãe para contar que eu tinha falado 30 minutos com um gringo pela primeira vez, não estou acreditando que consegui!".
Sabe o mais legal? Ter recebido diversos depoimentos como este sobre como estamos transformando a relação das pessoas com o inglês.
Para quem tá pensando em lançar um produto, quais suas dicas?
Tome ação. Planeje pouco e aja mais. Fale mais com seu usuário e principalmente, ouça. Tudo começa e termina com o usuário.
Mas cuidado com a vaidade de querer começar com temas "sexy" como AI e inovações mirabolantes. Se você quer inovar, muitas vezes só de fazer o feijão com arroz bem feito já significa entregar algo diferenciado no mercado.
A inovação mais comum e com mais chance de dar certo é a incremental, portanto comece. E vá aos poucos construindo e consolidando seu produto, para que um dia ele possa escalar.
Ninguém começou gigante.
Muito obrigado pelo papo Giovanna! E que a eHeadset continue ajudando muitas e muitas pessoas a perderem o medo de falar inglês!
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Semana que vem tem mais!